Roberta Setimi
Jornalismo esportivo: a importância de traçar um plano - Parte I
A MAIORIA das mensagens que recebo é de estudantes que querem seguir carreira no Jornalismo Esportivo. Por isso, nesse post, começo a dividir com vocês detalhes da minha estratégia e da minha trajetória na área. Pode ser que ajude no seu planejamento. Especialmente se você não conhece ninguém no meio, como era o meu caso. Me mudei do interior do ES para o Rio de Janeiro sem conhecer uma viva alma nas redações. A história é longa, por isso separei em duas partes para não ficar cansativa.

Como citei no artigo anterior, foco e comprometimento são fundamentais. Quanto antes, melhor. Desde o meu primeiro dia de aula no IACS (campus de Comunicação da UFF), eu já sabia que queria trabalhar com jornalismo esportivo. Então, para qualquer projeto ou trabalho acadêmico, escolhia um tema ligado a esporte.
Por exemplo, logo no segundo período, para a aula de Fotojornalismo, precisava fazer umas fotos originais para o exame final. Escolhi fotografar de um ângulo diferente um dos treinos dos profissionais do Botafogo, que na época aconteciam no Caio Martins (perto da Universidade). Entrei em contato com o assessor, consegui a autorização e lá fui eu, com a minha Canon antiquíssima, várias ideias e muita empolgação. Foi a minha primeira "produção jornalística". Conheci pessoalmente o assessor e alguns futuros "coleguinhas" que estavam cobrindo o clube naquele dia. Ou seja, comecei meu caderninho de "contatos".
Outro exemplo foi minha monografia de final de curso. Meu tema era "Colunismo esportivo: razão x paixão no jornalismo de opinião". Parte do projeto consistia em entrevistar colunistas esportivos renomados. Foi bem trabalhoso, mas consegui marcar com Renato Mauricio Prado (que veio a ser meu chefe em duas empresas diferentes, O Globo e Fox Sports), Marcio Guedes (O Dia), Sergio Noronha (JB), Fernando Calazans (O Globo) e Juca Kfuri (O Lance!). Não conhecia pessoalmente nenhum deles, nem tive ajuda de ninguém. Escrevi, liguei, perturbei até conseguir uma resposta positiva. Foi um aprendizado e tanto. Uma experiência que já poderia contar a futures empregadores.
Nessa época, porém, eu já estava estagiando na editoria de esporte do GloboOnline. Mas isso já é assunto para o próximo post. Vou contar como consegui uma vaga na área que eu queria e também dar dicas de como fazer networking (a maioria dos estudantes e recém-formados erra exatamente nesse passo).
E qual a moral da história de hoje? Bem, eu resumiria assim: o resultado de um determinado projeto é proporcionalmente igual à energia dedicada ao mesmo. E "energia", no caso, engloba planejamento, comprometimento, dedicação, pesquisa, estudo, networking, entre outros. A fórmula é simples e serve para tudo na vida. Se você quer muito alguma coisa, comece a agir AGORA. E tudo o que fizer, tenha em mente o seu objetivo. Vai dar certo. Pode confiar.
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